domingo, 26 de agosto de 2012

SOBREPOSIÇÕES...


"Foi quando a ficha caiu que então eu vi você diferente... não quero mais a sua boa intenção... Mas se você fosse um grande mal pra mim, tudo agora doeria bem menos, ou se eu nunca tivesse sido feliz... Hoje eu não sou mais o seu amorzinho, não quero saber do seu medo da vida, eu vou descobrir outros caminhos e não tô com pressa de achar a saída... Não tente mais me agradar pra disfarçar o seu desejo, o sonho ficou lá pra trás e não há lágrima que dê jeito..." (Frejat)

Na verdade eu iria resolvi fazer uma sobreposição com alguma música do Renato Russo, mas todas tinham muito de saudade. Porém, achei uma com desfecho de arrependimento um pouco diferente...

"Eu não me perdi e mesmo assim você me abandonou... Você quis partir, e agora estou sozinho... Mas vou me acostumar com o silêncio em casa, com um prato só na mesa. Eu não me perdi, 'o sândalo perfuma o machado que-o feriu'... Adeus, adeus, adeus meu grande amor. E tanto faz... de tudo o que ficou, guardo um retrato teu e a saudade mais bonita. Eu não me perdi e mesmo assim ninguém me perdoou... Pobre coração - quando o teu estava comigo era tão bom... Não sei por quê acontece assim e é sem querer o que não era pra ser... Vou fugir dessa dor, meu amor... Se quiseres voltar - volta não... Porque me quebraste em mil pedaços..." (Renato Russo)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Precipitada sobre o amor-próprio...


Vi uma estrela cair no oceano
Achei até que fosse engano
Creio que ao ver seu reflexo
Encantou-se e caiu
Cadente feito um anjo
Beijou o espelho d'água
Morreu com seu próprio encanto.
Achei que era amor próprio
E era parte de seu plano


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Lembranças empoeiradas...

Do retrato sujo e lindo
Que sua pele revestia
Brotou uma lágrima suicida
Que caiu leve
Fez-se viva
Junto a minha.

domingo, 5 de agosto de 2012

Do poço que emergia esforço...

Era uma cratera funda, cheia de musgo nas paredes. Apesar dos musgos, haviam calços. Ele achou impossível subir até determinada altura e não cair. Mas como não havia a opção “permanecer”, resolveu subir. E caiu. Tentou novamente, caiu novamente. Tentou várias vezes e caiu várias vezes. Já havia muito musgo e restos de folhagem no chão, tanto que amorteciam a queda. As paredes estavam àsperas, pois todo o musgo foi retirado. Tentou mais uma vez, sem medo de morrer, e apesar do cansaço, alcançou a luz.