sábado, 8 de dezembro de 2012

Andando distraído me tornei um ex-romântico...




É desesperador quando se fecha os olhos e não lhe vem o sorriso da pessoa que por anos foi um grande amor. É ensurdecedor o grito de seu cérebro aflito em busca de algo para se apoiar. Não falo de um amor divino, pois este continua sendo o meu porto de descanço espiritual. Falo dos amores terrenos, perdidos em meio ao nosso egoísmo diário.


Somos hipócritas demais, e acho graça disso. Acho graça porque enquanto eu reclamo por alguém que eu gosto e não me quer, existe alguém que eu faço questão de me afastar, mesmo sabendo de seus sentimentos por mim. E tem mais... Não quero saber, pois se não amo, não há nada injusto no meu não querer. E se a pessoa que gosto não me quer também, não há nada de mau nisso, embora não me impeça de mandá-la ir se ferrar. E quem não me ama também deve dizer constantemente "foda-se Hugo"... Eu sei, o amor não-recíproco é uma merda...

Foi no meio desse jogo sujo de tentativas e erros, dessas flechas filhas da mãe que um cupido desgraçado não acerta, dessa corrente de gostar do que está na frente sem olhar pra trás, que fui perdendo a fé no amor. Porra de amor.. Escrever poesia é muito bom. Amar não é, amar é fóda. É como dar um tiro no próprio pé e sair gritando eufórico de felicidade para encobrir a dor.

Hoje em dia não mais me vejo apaixonado. Aliás, se me verem apaixonado por aí, tratem de jogar um tijolo na minha cabeça ou me internar em um hospício. O amor é uma loucura. Mais que isso, o amor é um AVC, um acidente vascular cerebral. Chega de repente, mesmo com sua prevenção, mesmo com sua vida normal. Surge do nada e pode até te matar.