segunda-feira, 21 de julho de 2014

O renascimento do amor

O amor é o que mais morre, incomoda e renasce
O matamos cruel e incansavelmente diversas vezes
Padecemos loucamente por vários meses
E retornamos sutilmente ao mesmo impasse

Ora, se o amor químico dura sete anos
Como eu poderia limitá-lo a um ano
Seria possível isto a um mero humano
Enganar-se de que não havia feito mil planos

Contudo, morre o amor com a mesma intensidade
Que sorrimos por tórridos instantes
E que a morfina desencanto nos é tranquilizante

Esquecemos finalmente do que fomos antes
Nos encantamos na rua por outro semblante
De repente, não existe mais qualquer saudade

Entre sofrer e prazer...

Ah, o nosso visitante sofrer

Às vezes é loucura

Às vezes teimosia

Às vezes é casa escura

Às vezes cama fria

Quem melhor valorizaria o prazer?