sábado, 26 de março de 2016

Desespero do tempo...

Nós não matamos o tempo, Oh infâmia
É o tempo que nos mata
Mata até nossas saudades sensatas
Embora não mate a terra e nossa terna infância

Mata os amores e nos desespera
A juventude que nos puja esperança
Mata as conquistas secundárias
Menos os amores de infância

E de amor em amor o tempo nos seca
A ritmia do nosso coração perde o ritmo
Não se tem mais o amor ínfino
E a solidão nos acolhe, a nossa dócil quimera