O que queres que eu te diga
Se os meus olhos já revelam tanto
Se meu sorriso é de puro encanto
O que queres que eu te diga
Andei por tantas vias
Tantas estradas esquecidas
Enquanto isso eu via
Você ali tranquila
Menina, calada, decidida
Sorrindo, maquiando a face triste
Caindo em pranto e rindo da vida
E meus dedos, calejados e insensíveis
Criam notas, se sacrificam
Para fazer sentir quem nada sente
Vejo teu medo soar no violão
Vejo tua vida se acalmar em minhas mãos
Enquanto toco, te procuro, admirado
Tentando tocar teu coração...
É nesta geladeira de palavras que conservo o que sai dos meus pulmões. O que expiro, não como um ar qualquer, mas como um ar de amor.
quinta-feira, 30 de julho de 2015
A FUGA DO TITAN
O descalabro moral da civilização das pedras
Acordara quimeras erguidas sob um sol escaldante
Que rugiam em desafio ao mar, divino e quente
Partindo o casulo do mais sombrio medo
Sob ondas fortes, soltam-se as rochas
Um paredão mais frágil que a água
De tentações torturantes e secas lágrimas
Um Titan levanta e acorda a terra
Move-se como uma montanha inteira
Com gárgulas inquietos em seus ombros
Carrega para longe do mar um pesadelo
O medo da erosão que o pecado trouxera
De tentações torturantes e secas lágrimas
Um Titan levanta e acorda a terra
Move-se como uma montanha inteira
Com gárgulas inquietos em seus ombros
Carrega para longe do mar um pesadelo
O medo da erosão que o pecado trouxera
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