Cansado de se achar cansado de tudo
Ruído pelos ruídos noturnos
Família, trabalho, estudos
Tapou seus próprios ouvidos
Ouviu o silêncio ecoar e o rugido
De si mesmo que gritava "vivo!"
Partiu a viver sem medo de ser perdido
Caído seu grilhão de reclamar do mundo
Agora reclamava o mundo
Conquistador de paisagens e aromas
Amador e fotógrafo de sua vida
Redenção essa de não reclamar de tudo
Ativo sujeito indeterminado
De felicidade que só via quando menino
Renascido criança feliz onde jaz o moribundo
Morto seu antigo eu, jaz o tempo perdido
Chora agora sabendo: tem todo tempo do mundo