Tarda o amor a desgastar o tempo
Prossegue em meio a qualquer tormento
Inebria o céu da boca e o pensamento
Caduca por nunca encontrar firmamento
Amor que não morre, mas deprecia
Antes fosse vivido com ousadia
Mas preso ao realismo das consequências
Anseia, nos sonhos, encontrar moradia
Tropeço, queda, nada mais o impede
Como lança rasgando alma e pele
A cicatriz já feita não mais se repele
Acostuma-se a recordar o sentimento
Ao olhar os estragos deixados no coração
Também sorri por um vão contentamento
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