É nesta geladeira de palavras que conservo o que sai dos meus pulmões. O que expiro, não como um ar qualquer, mas como um ar de amor.
sábado, 26 de maio de 2012
Pequena insólita...
Essa menina que teima em negar nossa felicidade... Não sei o que faço com ela... Quero colocá-la no meu colo, dar uns beijinhos, passar horas sorrindo feito bobo ao lado dela, ao redor dela, em cima dela, em baixo, dentro, fora, como for! Mas como? Ela não deixa, ela nega, faz drama, reclama e se esconde. Às vezes tenho vontade de dar o fora, meu coração pede isso! Poxa, já me iludi tanto e não aprendi? Será possível que não haja uma só criaturinha tão terna e tão amável? Eu procuro tanto e só acho menina sem graça, cética, ou que fuma, ou que bebe cachaça... E se eu ficar com outras e essas me suprirem? Será que essa menina será feliz com alguém que não a ame tanto? E logo eu que não fiz plano algum, só disse que queria ser feliz com ela! Custa muito ela pedir "vem me ver"? Custa muito ela saber que outras estão a me querer? Enquanto eu morro sem saber e ela continua com essa infantilidade, vou continuar jogando pokémon no meu pc...
terça-feira, 22 de maio de 2012
No interior do meu coração
Desceu um vento duma brabeza desgraçada
Lá pras banda da ladeira de São Pedro
O sino da capelinha lá na praça badalô sozin!
Até os cabrito de dona Lurde avoaram
E foram parar no pé de Algaroba da mãe do Zé
E o Zé todo afobado: “Vixe Maria, aqui tem um pé de Cabrito,
mãinha!”
E os menino meteram pedra pra derrubar os danado dos cabrito
maduro...
O vento ainda meteu terra nos zóio do goleiro do meu time
Que, aperriado, levou uma topada n’uma das trave.
Só vi o Damião jogando longe a danada da pedra. Oh, Damião
véi doido!
Aí o jogo acabou, e fui vê minha frorzinha de algodão
Ela tava tão bunita na calçada de vó
E seu cabelo formoso avoava com o vento, a coisa mar linda
E o vento safado, ainda por cima levantô a danada da saia de
minha flô
Vó na cadeira de balanço nem ligou
E eu mais os menino até achamo que era a Merili Morrou.
Na verdade néra não, quando ela me viu deu um pinote
E eu, dei uma carreira, ganhei um bejo e um abraço do meu amô!
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Dos sublimes reencontros...
As mulheres nas ruas, as garotas nos shows, as
gostosas da praia... Todas elas não me fazem falta, não me interessam e não me
chamam mais um pingo de atenção... Não me tornei gay, padre ou assexuado...
apenas te conheci. E por ter te conhecido, amei demais, nem tive tempo para me
apaixonar, já fui logo pulando pra parte do amor. E assim, com tanto amor, te
peço que não me venha menina se não for com amor, pois já sabe o que faço... Te abraço e não te
largo nem por decreto do presidente assinado... Aperto teu nariz, acaricio tuas
sobrancelhas, aliso teus cabelos... e depois os assanho com minha barba mal
feita... E faria até mais se também confessasse que me ama. Por isso te peço:
não me venha menina, não me venha se não me ama.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Mesmo quando...
Te amo e te amava... mesmo quando amavas outro, quando me desprezava, quando me procurava sem eu querer, quando me substituía, quando abraçava outro, quando ria do meu sentimentalismo exagerado, quando não correspondia às minhas declarações, quando chorava por outro, quando me abraçava e eu te odiava, quando eu te abraçava e me odiava, quando sumia sem me dar motivos, quando voltava em segredo enquanto eu queria te esquecer, quando suplicava um beijo que não podia ser dado, quando sorria e me fazia te querer, quando mentia o teu próprio querer... E por tudo isto, eu também te odeio... com todo amor que eu tenho.
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