segunda-feira, 30 de novembro de 2015

ENTRE A INTENSIDADE E O RECEIO...

Caros leitores, Shakespeare já nos alertara que nossas dúvidas são traiçoeiros e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar se não fosse o simples medo de arriscar. Há um abismo que separa os sonhos da realidade, mas um abismo amortecido de colchões de ar, espumas e nada mortal. Temos de cair, mas não é cair em busca da morte, mas cair em busca da vida, do amor. A ideia dos sentimentos mais fortes não é simplesmente atravessar o abismo, é cair primeiro em busca das emoções. Geralmente temos esse receio após passarmos por decepções amorosas... e eu que o diga, já tenho até um livro em construção sobre decepções amorosas. rsrs. Tenho esse receio, confesso. Digo isso porque essa semana cheguei na beira do abismo de mãos dadas com a aquariana, olhamos para baixo, nos assustamos, e soltamos as nossas mãos. Recuamos. Conversamos e conseguimos nos dar as mãos novamente. Acabei descobrindo que por mais que tenhamos maturidade e controle sob nossos sentimentos, eles não são o carrossel do parquinho. Nossos sentimentos são a montanha-russa do maior parque de diversão. E é difícil manter o equilíbrio. É difícil perceber que encontrou alguém bastante especial e no dia seguinte achar que a pessoa não é tão especial assim. Porém, é quando os dias vão se passando e as conversas continuando, que percebemos que realmente não se pode tomar decisões a partir dos dias ruins e nem dos dias bons. É preciso analisar tudo. E foi nesses últimas dias que estou começando a perceber que encontrei alguém diferente, capaz de não desistir fácil das coisas, mas com os mesmos medos tolos que eu. Precisamos confiar mais em Shakespeare e menos nas nossas dúvidas.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Um peixe encantado por um belo aquário...

De repente eram 3h da manhã, de uma conversa que durara horas. Era tarde, mas era difícil desligar o computador e ir dormir. Creio que seria difícil para qualquer pessoa que encontrasse alguém cuja conversa se encaminhasse cada vez mais amorosa. Amorosa em que sentido? Não sei. Era uma conversa sincera, despretensiosa (ou quase, talvez com as melhores pretensões possíveis), divertida. E o sono era forte, às vezes parecia vencer a curiosidade de querer conhecê-la mais. O sono perdeu várias batalhas, até vencer a guerra. Nos despedidos com um até logo, mas achei que a encontraria no dia seguinte. Logo após desligar o computador, relutei em ligar o celular e procurá-la novamente. Resisti. Fui dormir em paz, com um meio sorriso no rosto, como se eu tivesse descoberto algum segredo da felicidade ou a luva perfeita para a minha mão. Acordei com meu pensamento na aquariana, veja só! Você pode achar "own, que bonitinho!", mas não é. É assustador. Assustador porque poderia ser uma ilusão. Assustador porque ela era de outra cidade e era linda. E você talvez imagine o quanto mulheres lindas são perigosas!... Me lembro que marcamos de fugir para a Europa (uma brincadeira boba, mas que seria um sonho que eu gostaria e lutaria facilmente para realizar, caso ela aceitasse o meu amor e retribuísse de forma recíproca...). E aqui estou eu, ansioso, depois de um dia sem notícia da aquariana que me fascinou, esperando que ela apareça novamente e mande notícia. Preocupado com uma garota que não é minha, vejam só? Sorte minha é parecer que ela não é de ninguém. E talvez o leitor indague "Mas se ela é de outra cidade, talvez não dê certo". O que são 2h de viagem em detrimento de algo que possa terminar em um belo e duradouro final feliz? Nada... E o peixe nada. Nada pelo mar, enquanto apaixonado pelo aquário, imagina fazer morada e viver molhado em suas límpidas águas, contemplando a beleza de toda a transparência e profundidade que a aquariana demonstra ter.